sábado, 17 de abril de 2010

Consolo do solo

As nuvens dançam formas de passado;
Produzem lágrimas estreitas de existência;
Unem-se: elo perdido; halo de encontro;
Enxugam a dor azul do coração sem luz;
Dance, cante a luz;
Ali, como andas?
Seresta sentir, estrela do mar;

Passado sem fim; não quero ficar;
Presente não sei; eu volto a brilhar;
Luz, sempre espio a luz;
Tão seu, tanto de nós;
Na flor de lis o som do céu;
Dança divina; anjo do fel;

Reflete, refrange ao tom;
Gota de mar; lágrima de luar;
Mentir? Não! Sentir; sempre fingir;
Gosto de pó, taciturno, mediúnico;
Invento a palavra;
Decorro o soneto;
Na paz do calor; na voz do aconchego;

Permito o som;
Ei de comprar, enganar, amar;
Estrada do meio, dúvida do anseio;
Se ao menos tão pouco fosse tanto;
Tanto... Tanto...
Serenata sem fim;
Nostalgia ouvir; vim ou vir;
Demônio da alma; luz da estrada.

Um comentário:

  1. Solo é um corpo de material inconsolidado, que recobre a superfície terrestre.....e assim...está poesia recobre minha alma...!!!!!

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