domingo, 25 de abril de 2010

Sonho juvenil

Nasce a semente de outono seca, garrida de enfadonhos milagres;
Da árvore cai ao solo o ventre viçoso da mãe hostil;
Berço de cerdas rijas, Gaia negra do ventrículo sovar;

Da terra úmida se exala o lis;
Bebe-se indecoroso o canto de soba;
Sobrais de fogácias que a alma pode curar;
Cerimônia do medo, desejo ambicionar;

Por breve vocábulo o hino liberta;
Ente disperso sei não se virá;
Pestilento ao devaneio tenta alcançar;
Torna rebanho de um novo pulsar.

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